domingo, 31 de agosto de 2008

Dos valores do cotidiano

Que próprio foi o teu arrefecimento, praticar entre os pequenos triunfos a majestade de se dizer através do silêncio.
E a tua falta disse mais do que antes.
Precisei arrancar as flores da entrada e plantar tudo novamente para não entregar logo os cantos.
E eu que me arremedara nos nós dos dias passados em brancos panos,
fui chamar quase gritando pelos muros suburbanos a leve mágoa e o breve tédio. Existe e dói intensamente pela veia fina da água correndo ladeira abaixo.
Lento, lentamente agitando as sombras eu mechi penosamente nas fotografias e talvez a memória já desgastada, em andar, flutuando, impalpável me revelou em flash espasmódico: saudade danada do teu sorriso morno.
Como quando todo o pilar em concretos, em concretudes sempre estivera lá e sempre à mostra em desvelo se danava, era a sequência dos atos e cantos, acalantos.
Tenho então um fé quase inabalável, das pequenas verdades e dos valores do cotidiano.

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