Estou aqui relendo contextos e usos na educação escolar e lembro da ideias de Bordieu e na sua aplicação prática. Muito do capital cultural é explicação para divisão social de classes, explicação justa, mas que não interfere na prática se não pensada criticamente.
O professor deve considerar as teorias e adequá-las segundo o contexto cultural de seus alunos.
O contexto cultural deve ser visto desde o primeiro dia de aula através de diagnóstico. A inserção e uma relação entre a cultura do aluno e a cultura da escola é necessária.
A cultura da escola não pode nem deve servir de instrumento de manipulação do poder.
O poder na cultura da escola se manifesta quando se propõe um currículo arraigado de conceitos e proposições básicas da estética, da ética, da compreensão de uma classe social em detrimento das outras.
O professor que se nega a utilizar de ferramentas didáticas diversas, mente para si que trabalha e se torna instrumento leal de uma prática injusta de ensino emburrecedor.
Marx e sua visão socialista, na educação , se formos perceber o viés da aplicação real, foi um hitlerista de primeira. Ditar como deve ser uma sala de aula “ideal” é nada mais nada menos que considerar que todos os alunos devam ter o mesmo “nível” cultural.
Educação sem um entendimento multicultural e intercultural é educação reprodutivista do modelo de sociedade e mantenedora da situação entre as classes sociais.
E qual o modelo educacional a seguir?
Acredito na percepção freiriana de educação e sei que na história da educação nunca houve como nesses últimos anos, um incentivo tão massivo e midiático na educação como um todo.
Gosto de pensar nas possibilidades do uso das Mídias. As mídias na sala de aula, principalmente as que as tecnologias contemporâneas disponibilizam enquanto Ferramentas Didáticas (Orkut,blog, webconferência, câmera digital,celular, etc).
Estou com uma pesquisa em andamento via Núcleo Temático de Políticas Públicas e Educação - NUTEPP pela UNIVASF cujo Grupo de Trabalho tem como temática as Ferramentas Didáticas no Ensino de Artes.
Utilizo a EAD já faz algum tempo e acredito piamente no uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC´s) no ensino e aperfeiçoamento a distância, instrumentos dialéticos de construção da aprendizagem, incentivando, principalmente a uma maior autonomia do estudante.
A leitura também é uma das importantes colaborações da EAD, diversos estímulos visuais são organizados e , como já dizia GARDNER, o processo de ensino-aprendizagem se eleva em qualidade.
Minha pesquisa utiliza a plataforma Moodle como interface didática de troca de experiências e registro de atividades do NT. Acredito que utilizarei este viés epistemológico em meu anteprojeto para o Mestrado.
A minha visão enquanto práxis educativa na Universidade vem se ampliando e continuo a ler e reler teorias, a sonhar com a mudança que há de vir, que virá.
Até mesmo porque, para ser educador, tem que ser missionário, já bem dizia o Pe.Marcos, de Palmácia, o educador tem uma missão a promover e zelar.
E, como eu escrevi em um de meus textos escondidos aqui no notebook (escrevo demais): cada um tem o limite que se impõe.
Além de ter vocação, o professor deve não colocar rótulos em si mesmo e expandir sempre seus horizontes.
Eu olho agora para fora da janela, com vontade de ver mais coisas, o sono vem e sei que ainda há muitas gotas a pingar nesse velho rio...
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