quinta-feira, 19 de agosto de 2010



Intervenção realizada à frente do SESC Petrolina, durante o Aldeia do Velho Chico 2010


Chora o Rio

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Reflexões sobre hoje...

Os momentos, percebemos eles só depois que passaram. Falo do perceber, sentir, refletir. Quando se dá uma aula com furor,  com amor latente no coração, depois se pensa como foi que as ideias se concatenaram na mente, de que forma se deu o discurso. Meu discurso não é o do poder, nem o da memória, muito menos o da glória. Discurso como quem dá um grito, expressa seu idealismo, suas concepções políticas sobre o ensino de arte. Jamais conseguiria dar uma aula, sem expressar o que penso sobre o que leio e me refiro aí ao que leio também visualmente. As pessoas e suas obras podem dizer muito, olhares e espelhos. Somos excelentes educadores quando nos tornamos espelhos para o outro se ver melhor. Somos péssimos quando mostramos um espelho quebrado, desgastado, mal cuidado. Este espelho se traduz naquele professor que não se atualiza, não lê, não troca, principalmente não dialoga. Dialogar é ser e se expressar é aprender junto.
Conhecimento trancafiado é alma sebosa que quer ser reconhecida só pelo nome e não pelo que é. Alma sebosa é aquele que vê apenas quantidade e não percebe a importância da qualidade no educar.
Ser arte/educador é desafio constante no mundo contemporâneo, é travar batalhas por uma coisa que muita gente transformou em outra: a Arte.
A arte que foi usada e ainda é como acessório, como frugalidade, como "abajur, apetrecho utilitário", como hobby, como vocação (e existe dom ou a habilidade técnica é algo que é estimulado e desenvolvido em determinado meio?).
Tanta gente já falou disso, tanta gente já pensou nisso e porque temos uma sociedade brasileira que desconhece ou ignora a Arte? Por que temos professores de arte que não sabem fazer um quadrado, um círculo, uma pessoa em forma de boneco? Por que temos professores de arte que sabem desenhar mas são alheios a outras questões que a Arte envolve? Por que temos professores de Arte que fingem que ensinam e deixam o "desenho livre" ou algo do gênero acontecer como atividade quase corriqueira nas aulas?
Resta pensar, resta-nos criticizar, resta-nos ler e reler e repensar Ana Mae e tantos outros essenciais que revolucionam nossa mente e nos fazem sonhar com uma arte/educação cada vez mais engajada, política, crítica, cultural, miti (multi,inter e trans)...