No silêncio da solidão minha alma desperta quero sentir teu suor atado a meu corpo e entre exangue desafio desfiar noites e dias e relembrar antigas sensações de calafrios.
Quero revestir todo o quarto do mais puro sentimento, reencontrar minhas necessidades atadas ao vento, perceber o fino toque das pequenas coisas que nos revelam.
Quero desbastar nesta matéria cândida o sossego, tanto corrido desapego foi quando eu disse e esqueci, vontade louca de viver plenamente, acordar novos ares, novas expectativas.
Eu tenho um sonho preemente, que está bem à altura da vista, passa todo dia em filme, rolando nas cabeças e copos, é bem real, estar de encontro a ti, que me lê, me segue, me dá inspiração.
Minha alma desperta para as luzes desse novo dia que ainda virá,
quando como as coisas
e as desaguo e elas São,
refletidas em multiplicidades.
Saudade,
cheiro amargo,
doce emperdenido na boca tocado,
enchumascado carne quente,
cortando o ventre,
dando um quero mais.
Minha alma desperta
aberta
aperta
o teu querer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário